Em alguns momentos da vida percebemos que não estamos felizes em relação a nós mesmos e conseguimos saber quando outras pessoas não estão se valorizando o suficiente, e costumamos dizer que elas não têm amor próprio ou que têm uma baixa auto-estima.

A auto-estima está muito relacionada ao autoconhecimento, pois é o autoconhecimento que pode ajudar a melhorar a auto-estima. Quando nos sentimos chateados com alguma coisa e a auto-estima diminui, por exemplo, se procurarmos saber quando esse sentimento começou (onde e com quem a gente estava) e fizermos um “mapeamento” dele, começamos a nos conhecer melhor e esse autoconhecimento ajuda a gente a se entender, a saber onde é preciso mudar e a gente passa a ter uma auto-estima melhor.

Muitas vezes quando a nossa auto-estima está meio em baixa, podemos nos questionar se estamos exigindo demais de nós mesmos, se estamos impondo a nós mesmos conquistas ou mudanças grandes demais ou rápidas demais para as nossas possibilidades. Se a exigência é alta, a decepção quando as coisas não dão certo também pode vir a ser. Ter objetivos é muito importante, mas alcançá-los passo a passo dentro do que é possível pode ser uma alternativa mais saudável para nossa auto-estima. Quando a gente tem um problemão, pode dividi-lo em probleminhas que a gente consiga resolver e assim cada etapa resolvida é uma pequena vitória, é um passo à frente.

Auto-estima também é uma coisa que se constrói. Ela começa a ser construída quando os pais valorizam os filhos levando em conta suas opiniões e sentimentos e quando lhes dão atenção independentemente de tirarem boas notas ou de terem um comportamento exemplar, como se estivessem dizendo que os amam e os valorizam gratuitamente. Os pais que incentivam seus filhos a descreverem como se sentem, os ajudam a se conhecer e a construir sua auto imagem.

É importante que a gente preste atenção aos nossos próprios sentimentos e que esse seja o principal critério para as nossas escolhas. Quando a gente passa a se perguntar como está se sentindo e leva isso em consideração, ou quando a gente é sensível ao que vem de dentro, a gente tem mais chance de optar por coisas que nos façam bem e contribuam para que nossa auto-estima fique em alta.

Luciana Rosa Machado
lu_rosa@bol.com.br.

Artigo publicado pelo Bragança Jornal Diário em 2004

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